Jesus foi submisso a Maria e São José

Jesus foi submisso a Maria e São José

Jesus foi submisso a Maria e a São José.

O criador se fez sujeito à sua criatura.

A palavra de Deus nos diz em Lucas 2,51: “E ele lhes era submisso”. De fato, Jesus foi submisso a Maria e São José em tudo. A sua crença era a de seus pais, sua profissão, era a de seu pai, sua conduta, herdou de seus pais.

 

Vamos compreender melhor essa verdade?

A primeira lição que aprendemos com o Divino Mestre é que, antes de sua vida pública, Ele permaneceu a maior parte de sua vida na casa de Maria e José. Com eles, o Menino Jesus aprendeu a dar seus primeiros passos, ouviu as primeiras passagens das Sagradas Escrituras, conheceu a história e a cultura do Povo de Deus. Na escola de Maria e José, Jesus aprendeu a depender e ser submisso principalmente através do exemplo de sua Mãe Santíssima. Pois, em tudo Nossa Senhora era dependente e submissa, em primeiro lugar a Deus, mas também ao seu esposo São José. Desta forma, na casa de seus pais, Jesus se preparava para a dependência total de Deus e a submissão plena à Sua vontade.

 

 

Maria  –  A liberdade de Jesus na dependência de Maria

Jesus Cristo, o novo Adão, encontrou na Santíssima Virgem o seu “Paraíso Terrestre”, onde não entrou o pecado. O Verbo de Deus “desceu ao seio virginal de Maria para aí achar as suas delícias e operar, às escondidas, maravilhas de graça”. Jesus, Deus feito homem, encontrou a sua liberdade em se ver aprisionado no seio de Maria. O Senhor fez brilhar a sua força, deixando-se levar por essa jovem Virgem. O Filho de Deus achou a sua glória, e a de seu Pai, escondendo os Seus esplendores a todas as criaturas da Terra, para só os revelar a Maria. O Rei dos Judeus glorificou a sua independência e majestade dependendo desta amável Virgem na sua concepção, nascimento, apresentação no templo, na sua vida oculta durante trinta anos, até o suplício e a morte na Cruz. No Calvário, “Maria devia assistir a essa morte, porque Jesus quis oferecer com Ela um mesmo sacrifício e ser imolado ao Eterno Pai com seu assentimento, como outrora Isaac também fora imolado à vontade de Deus pelo consentimento de Abraão”.

Foi a Virgem de Nazaré quem amamentou, nutriu, sustentou, criou e sacrificou seu Divino Filho por nós. Jesus Cristo deu mais glória a Deus Pai pela sua submissão a Maria durante trinta anos do que lhe teria dado se convertesse toda a Terra operando os maiores prodígios. Oh! Quão altamente glorificamos a Deus quando nos submetemos, para lhe agradar, à Virgem Santíssima, a exemplo de Jesus Cristo, nosso único modelo!”

 

A dependência e submissão contínuas de Jesus a Maria

A dependência de Jesus Cristo a Virgem Maria não se deu somente na Sua concepção e no Seu cuidado materno, na sua alimentação e educação. “Se examinarmos de perto o resto da vida de Jesus, veremos que Ele quis iniciar os Seus milagres por Maria”. O Menino Jesus, ainda no ventre materno, santificou São João Batista, que também estava no seio de Santa Isabel, pela palavra da Santíssima Virgem. Logo que Nossa Senhora falou, João ficou cheio do Espírito Santo. Este foi o primeiro milagre de Jesus na ordem da graça. Pelas mãos de Maria, o Menino Deus santificou ainda Isabel, que proclamou bem-aventurada sua Mãe porque acreditou nas promessas de Deus, e seu esposo Zacarias, que bendisse o Senhor Deus de Israel.

Nas festa de casamento em Caná, na Galileia, Jesus transformou água em vinho, atendendo ao humilde pedido de sua Mãe Santíssima: “Eles já não têm vinho”. Este foi o primeiro milagre do Filho de Deus na ordem da natureza. Dessa forma, vemos que Jesus Cristo começou e continuou os Seus milagres por Maria e por Ela os continuará até o fim dos séculos.

Tendo em vista que “a graça aperfeiçoa a natureza e a glória aperfeiçoa a graça, é certo que Nosso Senhor, no Céu, é ainda tão filho de Maria como o foi na Terra. Conservou, portanto, a submissão e a obediência do mais perfeito de todos os filhos para com Maria, a melhor das mães”. No entanto, cuidemos de não ver nesta dependência algum tipo de rebaixamento ou imperfeição de Jesus Cristo. Pois, a Virgem Maria, sendo uma simples criatura como nós, está infinitamente abaixo de seu Filho, que é Deus. Consequentemente, a Mãe de Deus não se impõe ao seu Unigênito como uma mãe terrena faz com seu filho, que lhe é inferior. “Maria está toda transformada em Deus pela graça e pela glória, que transformam n’Ele todos os santos. Por isso não pede, não quer, não faz nada que seja contrário à eterna e imutável vontade de Deus”.

 

A submissão de Jesus a Maria para glória de Deus

Jesus Cristo, “este bom Mestre não recusou encerrar-se no seio da Santíssima Virgem como um cativo e escravo de amor, nem ser-lhe submisso e obedecer-lhe durante trinta anos”. A respeito desta submissão, o espírito humano pode se perder ao refletir seriamente sobre esta maneira de proceder do Filho de Deus, da Sabedoria Encarnada. Embora pudesse, pois sendo Deus tudo pode, o Filho do Altíssimo não quis dar-se diretamente aos homens, mas entregou-Se a nós pela Virgem Santíssima. O Verbo Eterno não quis vir ao mundo na idade de homem perfeito, independente de qualquer pessoa, mas veio como uma pobre e pequenina criança, dependente dos cuidados e do sustento de sua Mãe. “Esta Sabedoria Infinita, que tinha um desejo imenso de glorificar a Deus, seu Pai, e de salvar os homens, não achou meio mais perfeito nem mais rápido para o fazer do que submeter-se à Santíssima Virgem”.

A submissão de Jesus a Maria era em todas as coisas, e não somente durante os oito, dez ou quinze primeiros anos da sua vida, como as outras crianças, mas durante os trinta anos de sua vida escondida. Para a mentalidade moderna, todo este tempo na casa de Maria e José pode ser considerado um desperdício, já que o Filho poderia cuidar das coisas de seu Pai. Ao contrário, o Filho do Altíssimo passou a maior parte de sua vida no pequeno vilarejo de Nazaré com seus pais, Maria e José, e lhes era submisso. Tendo diante dos olhos um exemplo tão visível e conhecido de todos, seremos tão insensatos para julgar possível encontrar um meio mais perfeito e mais direto de glorificar a Deus, do que a sua submissão a Maria, a exemplo de seu Divino Filho?”.

 

São José

A primeira doutora da Igreja, Sta Tereza D’Avila disse: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”. E declarava que: em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas.

 

São José foi um homem humilde e justo

O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo “à obediência da fé” (cf. Rm 1,5). Deus nos dá a graça para viver pela fé (cf. Rm, 5,1.2; Hb 10,38) em todas as circunstâncias. São José, um homem humilde e justo, “viveu pela fé”, sem a qual “é impossível agradar a Deus” (cf. Hab 2,3; Rm 1,17; Hb 11,6).

O grande doutor da Igreja, Santo Agostinho, compara os outros santos às estrelas, e São José ele o compara ao Sol. Para esse grande santo, Deus confiou Suas riquezas: Jesus e a Virgem Maria. Por isso, o Papa Pio IX, em 1870,  declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto “Quemadmodum Deus”. Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”, propôs que ele fosse tido como “advogado dos lares cristãos”. Pio XII o declarou como “exemplo para todos os trabalhadores” e fixou o dia 1º de maio como festa ao José Trabalhador.

São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o Menino das mãos assassinas de Herodes, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. O Senhor não se envergonhou de ser chamado “filho do carpinteiro”. Naquela rude carpintaria de Nazaré Ele trabalhou, sendo obediente ao seu pai, até iniciar Sua vida pública.

Coube a São José a honra e a glória de dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. O anjo disse-lhe: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

São José é o modelo de pai presente e atencioso, de esposo amoroso e fiel, modelo para todos nós, homem a quem Jesus Cristo quis ter por pai e lhe foi submisso, deixando-nos um grande exemplo de como os filhos devem se comportar com relação a seus pais. A autoridade do pai sobre o filho obediente atrai as bênçãos de Deus!

Veja também:Tríduo a São José

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Veja também:Consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria – composta pelo S. Padre Pio XII

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A Sagrada Família proporciona, como belo jardim onde florescem as flores das mais excelsas virtudes, exemplos atualíssimos para os que constituem um lar cristão. Este deve ser o reflexo da casa de Nazaré onde viveu Jesus e que apresenta lições magníficas de eficácia prática profundamente formativa.  Lá se deu uma vida doméstica consagrada com notáveis virtudes.

SAGRADA  FAMÍLIA  DE  NAZARÉ,  NOSSA  FAMÍLIA  VOSSA  É!

 

Fonte base: Canção Nova.

Adaptação: Giuliane Matos

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