Onde Começou o Pontificado do Papa Leão XIV

Onde Começou o Pontificado do Papa Leão XIV
O pontificado do Papa Leão XIV não começou na sacada da Basílica de São Pedro. Começou antes. Começou longe das câmeras e dos aplausos, no silêncio da Capela Paulina. Enquanto os fiéis aguardavam ansiosos sua primeira bênção, o novo Papa se ajoelhava diante do Santíssimo Sacramento. Antes de olhar para o povo, ele quis olhar para Jesus. Antes de falar ao mundo, quis escutar a Deus.
Esse gesto diz muito mais do que qualquer discurso. Revela qual é o centro, a fonte e o destino de todo o seu pontificado: a Eucaristia. Leão XIV começou sua missão aos pés de Jesus Eucarístico, reconhecendo que nada pode ser feito com fecundidade se não vier da adoração, da oração, do recolhimento. Um Papa que começa de joelhos diante do Senhor é um Papa que sabe de onde vem sua autoridade e a quem ele deve servir.
Isso não é apenas bonito ou simbólico. É um sinal claro para toda a Igreja. O Papa está dizendo, com suas atitudes, que a prioridade é Deus. Que a Igreja precisa voltar-se novamente para o essencial: para a oração, para o silêncio diante do Santíssimo, para a escuta da voz do Senhor.
E esse gesto também nos envolve. Não estamos de fora. Somos chamados a participar, misticamente, deste início. Não com holofotes, mas com joelhos dobrados. Não com palavras, mas com oração.
O Papa precisa das nossas orações. Isso não é figura de linguagem. É uma responsabilidade real. Rezar pelo Papa é rezar por toda a Igreja. Sustentá-lo com nossas preces diárias é um dever de filhos que reconhecem no Sucessor de Pedro um pai espiritual, colocado ali por Cristo para confirmar seus irmãos na fé.
Cada um de nós, mesmo nos afazeres simples do cotidiano, pode unir-se a ele espiritualmente. Podemos oferecer um terço, uma missa, um sacrifício escondido. Podemos lembrar dele no silêncio da adoração. E isso não é pouca coisa. Na verdade, isso é o que sustenta tudo. Porque a força de um pontificado não está apenas nos documentos ou nas decisões, mas na comunhão silenciosa de toda a Igreja que reza junto com seu pastor.
Como o próprio Papa disse aos cardeais no último sábado:
“Cabe a cada um de nós tornarmo-nos ouvintes dóceis da sua voz… recordando que Deus gosta de se comunicar, mais do que no estrondo do trovão e do terremoto, no ‘murmúrio de uma brisa suave’ ou, como alguns traduzem, numa ‘leve voz de silêncio!’ ESTE É O ENCONTRO IMPORTANTE, A QUE NÃO SE PODE FALTAR…”
Leão XIV não faltou a esse encontro. Começou seu pontificado lá. Diante do altar. E nós também não devemos faltar. Rezemos por ele. Rezemos com ele. E sigamos com confiança este novo tempo que se abre para a Igreja — um tempo que já começou do melhor modo possível: de joelhos.
Diego E. Silva

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