Cátedra de São Pedro – Santo do dia 22/02

Cátedra de São Pedro – Santo do dia 22/02

Essa data é muito importante! Primeiro, vamos entender o que é cátedra?

A palavra “cátedra” significa: assento ou trono, e é a raiz da palavra catedral, igreja onde governa o bispo. Em cada diocese no mundo existe uma catedral, de onde o bispo, que é a autoridade máxima naquela igreja local, deve conduzir com caridade o povo a ele confiado. O Papa é o bispo de Roma, governa esta diocese, de onde confirma e une toda Igreja no ministério petrino.

A Cátedra que está na Basilica de São Pedro, em Roma, foi dada de presente ao Papa João VIII pelo Rei Carlos, de França,  conhecido como  o calvo. Ela foi dada ao papa por ocasião da coroação do rei como imperador romano no ocidente. E esta cátedra é conservada como  uma relíquia, em uma composição barroca, obra do artista Gian Lorenzo Bernini construída entre 1656 e 1665

Esta festa nos recorda da autoridade dada por Jesus a Pedro, quando diz: “E Eu digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela”(Cf.Mt 16,18).  Porém esta autoridade concedida a Pedro, nos recorda que primeiro ele realizou a sua profissão de fé ao dizer “Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo” (Cf. Mt 16,16).

Com a Festa da Cátedra de S. Pedro, recorda-nos a Santa Igreja que não pertencemos os católicos a uma assembleia democrática, em que a verdade se decide por maioria de votos, mas, como membros de Cristo, a uma sociedade hierárquica, que, tendo como um de seus fins primários a conservação e transmissão da fé apostólica, está dotada por constituição divina do poder de ensinar infalivelmente a mesma fé.

Não é isto, como querem alguns, uma invenção católica com a qual se teria deturpado o cristianismo primitivo nem, como querem outros, um limite à “liberdade de pensamento” do fiel comum e corrente. Não é, em primeiro lugar, uma invenção tardia, porque as Escrituras SS. deixam claro que Jesus Cristo transmitiu aos Apóstolos sua própria missão de ensinar, a fim de que, por meio deles, munidos de um magistério vivo de palavra e com verdadeira autoridade, todos os povos fossem conduzidos à obediência da fé (cf. Jo 17, 18; 20, 21; Mt 28, 18-20).

Não se trata, em segundo lugar, de uma imposição restritiva ao “livre pensamento”, porque a autoridade, mais do que restringir, possibilita e ao mesmo tempo expande a liberdade, na medida em que lhe indica os caminhos que ela pode trilhar com segurança, a fim de alcançar sem risco de desvios uma mais profunda inteligência dos mistérios revelados.

Ao providenciar à sua Igreja uma assistência especial, para que ela não ensine nem incorra nunca em erro, seja em matéria de fé ou de moral, Deus não só ratificou sua soberania sobre todo entendimento humano, obrigado a prestar-lhe reverência e a aceitar com obediência o que Ele mesmo ensina pelo Magistério eclesiástico, mas proporcionou também à nossa inteligência o que ela mais pode desejar, que é uma visão clara e segura da verdade, e a preveniu de um dos perigos que mais a ameaçam, que é a pretensão de erigir-se em juíza e mestra de sua “própria” verdade.

Demos hoje graças a Deus por este dom que é o sagrado Magistério da Igreja, desempenhado pelos bispos e, por excelência, pelos sucessores de S. Pedro, encarregados de confirmar-nos, sem ambiguidades, na fé de sempre.

Veja também: Santo do dia – Calendário Hagiológico

Veja também: Terço das 7 dores de Nossa Senhora

Veja também: Poderosa oração de renúncia, cura e libertação

Veja também: Um convite à pureza

 

Que Deus te abençoe querido leitor!

 

Giuliane Matos

Comentários