Quando falar de sexo com os filhos? E como falar com eles?

Quando falar de sexo com os filhos? E como falar com eles?

Os pais precisam conhecer os filhos para identificar a hora certa para falar sobre sexo com eles

Infelizmente, o mundo atual exige receitas prontas. Quando devo fazer isso? Quando falar sobre aquilo? O quê? Quando? Por quê? Quantas indagações o ser humano sofre ao longo de sua vida! No entanto, é preciso saber que cada um é único e não há receita de bolo para todos.

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No quesito filhos também é assim. Por mais que os pais desejem acertar, e assim procure informações que lhes dê a direção certa, não há como definir o futuro das crianças.

Como acertar, então, na educação dos filhos? O ideal é acompanhar o desenvolvimento de cada um deles. Uma família nunca educa seus filhos da mesma forma que a família dos colegas de escola, mas, nem por isso, as crianças deixam de sofrer a influência dos colegas. Dentro de casa, os pais podem educar os filhos da mesma forma, mas, cada criança dará uma resposta diferente.

Existe hora certa?

Ao compreendermos essa amplitude do ser humano, podemos dizer que não há hora, minuto ou segundo certo para falar de sexo com os filhos, pois, cada um despertará sua curiosidade sobre o assunto em momentos diferentes. Há crianças que, aos oito anos, compreendem essa realidade; em contrapartida, há outras que, aos 17, não sabem nada nem possuem tanto interesse. Diante dessa realidade, como ter um diálogo saudável e assertivo?

Quando os pais acompanham seus filhos, quando os conhecem, conseguem perceber o momento certo. Não é interessante que esse questionamento venha dos pais, o ideal é que surja dos filhos. Eles terão a iniciativa de perguntar sobre o assunto, e assim, conforme a linguagem que ele compreenda, nasce o diálogo. Não há como tratar esse assunto tão sério e necessário de forma adulta com seu filho de nove anos, como também, não terá proveito algum tratar o assunto de forma lúdica com um adolescente de 15 anos. Essa curiosidade surgirá a partir dos estímulos recebidos, ou seja, daquilo que ela tem visto.

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O que explica a Psicologia?

Segundo Wallon (psicólogo que se dedicou ao estudo da Psicologia do Desenvolvimento), o ser humano tem uma tendência natural e instintiva de copiar o outro, de experimentar e atribuir-se aos sentimentos do outro. Baseado nisso, podemos nos questionar: “O que meu filho tem imitado/copiado? O que essa criança assiste na TV? O que ela escuta nas músicas e nas conversas? Que tipo de comportamento é estimulado?”. É difícil não ter um filho que se desperte para o relacionamento sexual se vive em um ambiente sexualizado. Talvez, você esteja pensando que não tem tanta importância e que tais situações não despertem tanto para a sexualidade, mas se esquece de que o adulto é o espelho da criança. Essa teoria é aceita em maior parte das abordagens de Psicologia, principalmente aquelas que trabalham o desenvolvimento humano.

A criança, naturalmente, despertará para o autoconhecimento. A manipulação dos órgãos genitais irá conduzi-la a uma via de prazer desconhecida. Porém, é passageiro, faz parte do autoconhecimento. O que muda é a forma com que o adulto, referência dessa criança, lidará com isso: de forma assustada, estimuladora ou natural?

Passar por essa fase instruindo e não supervalorizando ou escandalizando-se é a melhor forma. Por isso, inverto a pergunta: “Como estou estimulando meu filho na vida sexual? Estou vivendo essa fase de forma sadia?”. Fica aí a reflexão.

Fonte: Canção Nova

 

E como falar sobre Sexo com nossos Filhos!

Apesar de termos terminado o século XX e com ele teoricamente deixarmos para trás muitos tabus, principalmente sobre sexo, ainda temos uma enorme dificuldade em saber qual a maneira correta de abordar o tema sexo com nossos filhos.

Certa vez conversando com meu diretor espiritual entrei neste assunto e o padre me respondeu que uma boa regra seria falar com sinceridade exatamente o que a criança perguntasse, nem mais e nem menos. Tenho tentado aplicar esta regra com meus filhos e tenho tido bons resultados, o que não quer dizer que eu e minha esposa não tenhamos tido algumas surpresas e momentos em que nos vemos ‘nocauteados’ pela contundência das indagações de nossos filhos principalmente da nossa filha caçula.

Para falar sobre o assunto sexo para nossos filhos é necessário que tenhamos claro qual o sentido verdadeiro do sexo na vida de um cristão e como o mundo distorce o plano de Deus para nossa vida sexual. O sexo em nossa vida tem a função da continuidade da vida pelos filhos e da estabilidade do casal por meio de um relacionamento íntimo e completo onde corpos e mentes se complementam num momento único de entrega, entendimento e prazer.

A primeira lição que devemos transmitir para nossos filhos é que sexo é bom, foi criado por Deus,e que tem o seu momento e local certo para acontecer de forma sadia e sem culpas.

Nossas crianças são diariamente bombardeadas por erotismo e má informação sobre sexo, na televisão, dos programas infantis até as novelas, no rádio com propagandas e programas maliciosos e na rua com a proliferação de outdoors com tudo o que se possa imaginar sobre malícia e incentivo ao erro. Se não fizermos a contra-propaganda, mostrar a beleza e a maneira correta de se encarar o sexo, nossos filhos crescerão indefesos num mundo de doutrinação impiedosa sobre o que não é certo.

Nunca coloque malícia quando falar de sexo com seus filhos, nem tente mostrar para as crianças um aspecto para o qual ainda não estão desenvolvidos o suficiente para entender.

Quem não passou pela experiência da pergunta de como o neném entra na barriga da mãe? E como ocorreu em nossa casa, após a explicação de como o neném vai parar na barriga da mãe, nossa filha pergunta com certa indignação se nós fazíamos isso! E ainda quantas vezes nós já tínhamos feito: 3 (para as três gestações) ou mais? Respondemos que fazíamos sim, e muitas vezes, e que só num momento de muito amor poderíamos gerar alguém tão lindo e amado como ela.

Hoje em casa este é um tema livre, as vezes eu penso até que é livre demais, a tal ponto de nossos filhos incentivarem nossos momentos a sós com saídas para brincar enquanto ficamos em casa ou solicitações para que viajemos sozinhos para aproveitar!

E como falar de sexo para os adolescentes? Nesta fase já não é fácil falar com nossos filhos sobre qualquer assunto ainda mais sobre sexo !

Primeiro devemos tentar diminuir a distância entre nós e nossos filhos adolescentes mostrando para eles que apesar de todas as transformações que estão ocorrendo em seus corpos e suas mentes (muitas vezes poderíamos dizer ‘transtornações’!) isto também é bom e se não fosse, Deus não nos faria assim.

A adolescência é uma fase de preparação de nossos corpos e mentes, como já dissemos, para a vida adulta. É a fase de passagem de uma vida de meninos e meninas para uma vida de homens e mulheres e nada mais natural do que o despertar para o amor e para o sexo.
E é errado pensar em sexo na adolescência? Falar de sexo? Fazer sexo?

Claro que não é errado pensar em sexo na adolescência como não é errado pensar na profissão que se vai ter no futuro ou na realização de um sonho qualquer. Tudo isto faz parte do nosso desenvolvimento e de certa forma nos prepara para chegarmos lá. O que não é saudável é viver de sonhos sem estar envolvido com a realidade, se imaginar sendo um médico sem se preparar para enfrentar um vestibular ou pensar em sexo sem estar preparado para enfrentar as possíveis conseqüências que ele pode trazer.

Outro dia minha filha nos pediu para ir ao matiné de uma dessas danceterias com suas amigas.Minha esposa e eu deixamos, confesso que sem muita convicção da minha parte. Ao retornar fizemos as perguntas comuns de como tinha sido, se tudo correra bem e como tinham se comportado suas amigas. Naturalmente o ambiente impressionou a nossa filha que achou ‘muito legal’, ela só não gostou da insistência dos meninos em ‘ficar’ o que fez com que ela tivesse que ‘dar vários foras’ durante o tempo em que lá estivera.

E o que significa ‘ficar’? É se aproximar de alguém que nem se conhece, beijar, abraçar e acariciar, e se afastar sem o mínimo envolvimento ou constrangimento. O prazer pelo prazer. E muitas vezes com vários parceiros diferentes no mesmo dia e no mesmo local.

O que seria isto? Uma preparação para uma vida fiel e casta? Com certeza não.

O namoro tem sua função na preparação de um jovem ou uma jovem para um relacionamento completo no casamento, é a fase de conhecimento e de seleção, é a fase onde se começa a lidar com a paixão, conflitos de interesse, vontade e autocontrole. E uma das reclamações da minha filha após voltar da danceteria é que os meninos não tinham o que falar, simplesmente se ela queria ficar ou não.

E por falar em namoro é bom entrarmos no assunto virgindade. A castidade é uma prescrição bíblica para toda a nossa vida e antes do casamento a virgindade faz parte deste preceito de amor.

Preceito de amor porque guardar o seu corpo para a sua esposa ou guardar o seu corpo para o seu marido, dando um presente preparado durante toda a sua vida para o dia de suas núpcias tem um significado maravilhoso e é um excelente passaporte para uma vida de fidelidade e felicidade.

Nesta hora alguém pode argumentar que os tempos são outros e que cada vez mais a vida sexual se inicia em idade mais baixa e que isto é natural. Infelizmente este é um senso comum mesmo dentro das comunidades da Igreja. Grande engano! A vida sexual fora do casamento é errada e para a nossa fé isto não muda nem hoje nem daqui a 2000 anos. A palavra de Jesus não mudará como o próprio Jesus colocou em Mateus 24,35 e nossa conduta não deve seguir os modismos ou ‘costumes’ mas os ensinamentos de um Deus que nos ama e mostra o caminho para sermos felizes.

Só para terminar vamos falar em camisinha. Por que se fala que a Igreja é contra a camisinha? Simplesmente porque o que Jesus quer de nós e a Igreja nos transmite isto é uma vida casta e casamentos fieis. Quem precisa de camisinha se vivermos como Jesus quer? E a Igreja tem que se manter firme e não cair na hipocrisia de muitos, que se dizem bons pais pois nos fins de semana sempre lembram os filhos jovens de levar consigo camisinhas para não correrem riscos. É mais ou menos a mesma coisa que ver o seu filho sair de casa com uma arma carregada na mão e o pai pergunta ao filho:

– ‘Onde você vai filhão?’

e o filho responde:

–’Não sei, mas talvez role um assalto.’

E o pai num gesto amoroso lembra o filho:

-‘ Não esqueça do seu colete a prova de bala. Se acontecer um tiroteio você estará protegido .’

– ‘Puxa ! Eu quase ia me esquecendo . Obrigado pai.’

– ‘Que é isso filho, pai é para estas coisas.’

Para você parece absurdo um dialogo destes? Então lembre que tanto não matar como não pecar contra a castidade são mandamentos de Deus e até agora não foram revogados.

Fonte: soucatolico

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