E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”
Gênesis 1:26-28
HOMEM E MULHER são iguais em dignidade, mas muito diferentes em sua formação física, psicológica, espiritual e isso é plano de Deus para que um complete o outro!
Vamos entender: Homens e mulheres, foram criados por Deus, de maneira diferente, são diferentes, tem missão distinta, um não é melhor ou pior que o outro e nem devem competir entre si.
Deus quis que a mulher fosse constituída a partir do corpo do homem, isso a eleva a um patamar incomparável pois mais vale ser carne da carne, do que ser gerada do pó!
Porém, se não temos Adão, não temos Eva!
A origem do corpo da mulher está no homem então ela depende dele!
(imagem)
Percebe que há um motivo para que a geração da mulher acontecesse assim?
A mulher é a ajudadora necessária, auxiliar, é a coisa mais adequada, costela-lado, a mulher está AO LADO do homem! E para estar ao lado é necessário equilibrar as FORÇAS.
EQUILIBRAR NÃO É COMPETIR! DOMINAR NÃO É OPRIMIR.
QUAIS SÃO AS FORÇAS DE UM E DO OUTRO?
A FORÇA DO HOMEM: O homem é mais corporal.
Para o homem o corpo assume o caráter de instrumento que está a seu serviço…
Ser homem de verdade envolve cultivar e guardar!
Essa é a masculinidade bíblica. Em Gênesis temos esse mandato muito explícito: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15).
A FORÇA DA MULHER: A mulher é A alma! Parece-me que a alma da mulher está mais presente em todas as partes do corpo, de modo que se sente mais atingida em seu íntimo por tudo que lhe acontece.
A FORÇA DA MULHER ESTÁ NA VIDA AFETIVA.
A mulher se empenha em ter bons e duradouros relacionamentos, se preocupa com o próximo, gosta de agradar, a mulher desdobra-se e consegue realizar múltiplas atividades ao mesmo tempo, isso é DOM de DEUS e também é dom de Deus, a mulher se submeter ao homem porque com tudo o que faz é mais suscetível à distrair-se, decepcionar-se e ferir-se e precisa ser protegida!
Veja como os homens lidam com situação de frustração, em sua grande maioria, até sentem raiva, mas após breve tempo, nem se lembram mais da causa, mas a mulher não! Há a mulher, murmura, rumina, guarda, reclama… não é?!
A mulher se fere mais porque sua alma está mais intimamente ligada ao corpo e aqui há um ponto de alerta para nós!
Estamos submetidas à forças que se dominadas e destinadas à cumprir o plano de Deus em nossas vidas, movem-nos à felicidade plena mas se nos desviamos de Deus, podemos destruir tudo à nossa volta, são elas: a razão, a vontade, o conhecimento, o querer, o ânimo, as emoções e a sensualidade.
O homem e a mulher, tem vocação natural e vocação sobrenatural, conferidas por Deus. A vocação natural de todo ser humano é: desenvolvendo suas forças, dar forma à imagem de Deus dentro de si; gerar descendência e dominar a terra.
A vocação sobrenatural é a contemplação de Deus que é promessa de uma vida de fé e adesão ao Salvador.
É importante compreender que dentro das vocações de cada um, há distinções que precisam ser respeitadas porque foram criadas por Deus e o criador, com todo amor, sabe a perfeita ordem de tudo!
A vocação primária do homem é dominar a terra e por isso recebeu dons necessários à luta e à conquista: a força corporal, o intelecto, força de vontade e ação e nesta função a mulher lhe foi dada como ajudadora!
A vocação primária da mulher é a geração e a educação dos filhos, e por isso recebeu de Deus capacidade necessária a quem cuida, vigilância, paz, tranquilidade, mas também a capacidade de suportar a dor, de saber renunciar e adaptar-se, o talento de captar a particularidade de cada pessoa perto de si, a força de ajudar no desenvolvimento dos outros. Sua adaptabilidade inclui disposição dos mesmos recursos concedidos como dons ao homem e a possibilidade de realizar o mesmo trabalho como ele, seja junto com ele, seja ao seu lado e nesta função ela recebeu o marido como seu protetor.
Em outras palavras, a mulher NÃO faz tudo o que o homem faz, e o homem não faz o que nós mulheres fazemos.
Mas se homens foram criados para dominar, por que não estão exercendo domínio?
Não são capazes de exercer domínio ou não foram preparados para isso?
Acredito que o enfraquecimento do domínio do homem sobre todas as coisas acontece por vários motivos, mas entre tantos motivos um se destaca: negligência na instrução dos homens.
Todo aquele que foi criado para dominar precisa de instruções para exercer tal domínio, não foi diferente com o primeiro homem, Deus deu todas as instruções que ele precisava para exercer domínio. Não estamos falando de privilégios dados por Deus aos homens, estamos falando de deveres e responsabilidades.
Note que a lista de responsabilidades dadas por Deus aos homens, é muito maior que a lista de direitos!
A masculinidade bíblica, a exemplo de São José, revela um chamado: portar-se como líder, servo, e dar a vida pela esposa. Exercer domínio requer conhecimento e aprendizagem, seja no lar, igreja ou na sociedade, e aqueles que foram designados para dominar foram os homens.
Mas o que vemos hoje é uma sociedade que não educa, pais que não conhecem seus filhos, uma busca incessante pelo ter financeiro, pelas conquistas pessoais e tudo isso denegriu educação tanto de homens quanto de mulheres e surge uma necessidade urgente de retomar as bases.
O retorna da mulher ao lar. A postura masculina dos pais perante seus filhos.
A mulher que está em casa percebe mais rapidamente os desvios e os poda a tempo de darem frutos.
O homem que se torna o provedor, ensina a ordem e o equilíbrio citados anteriormente.
ESTAMOS TÃO APEGADOS AO TER QUE ESQUECEMOS DE SER.
Graças a Deus vejo se levantar uma nação santa, casais abertos à vida e à educação consciente, e para te ajudar nesta tarefa trouxe alguns exemplos que enriquecerão suas forças, seja você HOMEM ou MULHER.
Sabe aquela história: “o que você quer primeiro, o boa ou a má notícia?!” kkkkk Vou contar primeiro a má!
Adão, por ser o primeiro homem recebeu um chamado de liderança amplo, devia cuidar do jardim do Éden e tudo o que envolve tal cuidado, deveria cuidar da sua esposa Eva, protegendo, amando e multiplicando sua prole, deveria exercer sacerdócio representando sua família perante o Criador e conduzindo a mesma a obediência. Fato é que Adão, falhou em muitos aspectos e sofremos a consequência de seu pecado até hoje.
Entretanto, em Adão temos todas as diretrizes dadas por Deus para condução de uma família, justamente por Adão ter falhado como governador, sacerdote e líder de seu lar, sofremos os efeitos da queda. Adão era responsável em exercer domínio sobre todas as coisas, inclusive sobra sua família – mulher. Isso torna-se evidente no momento da queda, pois mesmo que sendo Eva a primeira dar ouvidos a serpente e comer do fruto proibido, Deus ao ir de encontro aos transgressores dirige-se a Adão, “E chamou Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?” (Gn 3.9) O exemplo de domínio que o homem deve exercer sobre a família, nesse caso não repousa sobre Adão, mas nas instruções de Deus a ele.
Agora, a boa notícia: São José
São José é um ícone para a humanidade, mas em especial para os homens ele é o grande modelo e exemplo de homem santo, casto e viril. São José foi o modelo de masculinidade para Jesus, foi vendo as atitudes justas e honradas de Seu pai adotivo que o Senhor se formou enquanto homem, o mais santo dos homens, que foi o pai terreno de nosso Salvador, Jesus Cristo, e o esposo da mulher mais perfeita que jamais existiu, Nossa Senhora.
São José é o santo para conduzir os homens no caminho da santidade e em direção a uma autêntica masculinidade, que penetre as profundezas do Sacratíssimo Coração de Jesus. Homens que se dediquem à oração, ao trabalho pesado, ao sacrifício, ao bem-estar espiritual, à verdade, ao amor e ao desejo profundo de levar almas para Cristo. São José é não apenas o intercessor de que os homens precisam para suas famílias; é também o santo viril de que nossos sacerdotes precisam para reger seu rebanho como pais espirituais chamados a entregar a vida pela Igreja.
Ensina aos homens modernos o valor do sacrifício, como um homem deve dar a vida por sua família e como é louvável aquele que põe seu joelho no chão e reza ao Senhor com confiança.
Homens foram criados para dominar, exercendo liderança, amor proteção e provisão, essas quatro ações devem ser repetidas no lar, igreja e sociedade. Um homem que não exerce domínio está à mercê da vulnerabilidade de sua masculinidade, se tornará fraco e desprezível. Um homem que não exerce domínio será ruína para sua casa, sua paróquia, jamais deve estar à frente de qualquer atividade sacerdotal e nunca deverá ocupar algum papel de liderança governamental, colocar um homem sem domínio em posições tão importantes é trazer ruina e desgraça para todos.
São José mostra que a autêntica masculinidade só pode ser vivida na união com Deus!
É através de uma profunda união com Ele que os homens serão transformados nos santos de que precisamos.
Um homem que não tem Deus como o centro absoluto de sua vida não será capaz de viver plenamente essa vocação. Nossa cultura só não compreende mais a masculinidade de forma reta e ordenada porque abandonou a Deus. Quando nos separamos dele, nosso entendimento do que seja o homem e a mulher também se rompe. Os homens católicos devem ser homens de oração e penitência, desejosos de seguir a vontade de Deus, custe o que custar.
Podemos ver também que a masculinidade de São José alcançou a sua plenitude na relação com Nossa Senhora.
Independentemente do que diz ou deixa de dizer a nossa cultura, os homens de fato foram feitos para defender e proteger.
A ladainha de São José nos traz verdades tão nobres a respeito da masculinidade:
José justíssimo, rogai por nós.
José castíssimo, rogai por nós.
José prudentíssimo, rogai por nós.
José fortíssimo, rogai por nós.
José obedientíssimo, rogai por nós.
José fidelíssimo, rogai por nós.Essa seção lista as virtudes que São José praticou ao longo da vida. Ele era justo, casto, prudente, corajoso, obediente e fiel. Os homens são chamados a ser fortes e gentis, puros e apaixonados, humildes e corajosos, e a submeter-se sempre à vontade de Deus na fé. A masculinidade não é simplesmente ou isto ou aquilo. Às vezes, um pai tem de ser ao mesmo tempo firme e gentil com seus filhos. Ao defender a verdade, os homens devem fazê-lo com coragem, mas de uma maneira amorosa também, que seja reflexo do Sacratíssimo Coração de Jesus. São José ajuda os homens a viverem esse aspecto ambivalente da masculinidade, que se tornou distorcido em nossa cultura.
Os últimos títulos presentes na ladainha são reflexos da vida de um discípulo cristão e mostram como São José quer conduzir os homens a vidas mais santas, em união com a Santíssima Trindade e no serviço ao próximo:
Espelho de paciência, rogai por nós.
Amante da pobreza, rogai por nós.
Modelo dos trabalhadores, rogai por nós.
Honra da vida de família, rogai por nós.
Guarda das virgens, rogai por nós.
Sustentáculo das famílias, rogai por nós.
Alívio dos miseráveis, rogai por nós.
Esperança dos doentes, rogai por nós.
Patrono dos moribundos, rogai por nós.
Terror dos demônios, rogai por nós.
Protetor da Santa Igreja, rogai por nós.Ao reunir em sua pessoa tanto o trabalho quanto a vida de família, São José mostra aos homens como ser provedores. Para uma era de materialismo e luxo, ele é um homem de paciência e pobreza. Conduz os homens de volta ao seu verdadeiro centro, através de uma vida de singela dedicação a suas famílias e comunidades, e de serviço a Deus em cada momento do dia.
Ele também está presente àqueles homens que carregam a pesada cruz de uma doença crônica, do sofrimento e da aflição, e aos que caminham com quem está enfermo. Ele está presente na hora da morte, quando o Inimigo procura afastar as almas de Cristo por meio do medo e do desespero. Em outras palavras, São José é um amoroso pai espiritual que está com os homens em cada estágio de suas vidas e lhes ensina como estar presente junto àqueles que sofrem.
Um dos seus títulos mais apropriados para os nossos tempos é o de Terror dos demônios. Nós estamos em guerra. Vivemos uma batalha espiritual, e as almas de nossas famílias, paróquias e nações estão sob ataque. Os homens lutam e defendem na batalha. Trata-se de uma das belas e difíceis responsabilidades dos homens nesta vida: promover a guerra quando necessário. Na vida espiritual ela é necessária sempre, e nós precisamos que os sacerdotes e pais de família nos convoquem para essa luta pela salvação das almas. São José levará os homens a travar as batalhas espirituais necessárias para ganharmos almas para Cristo.
Os homens realmente precisam de São José. Nesse tempo de ataque virulento aos homens, nós, mulheres, precisamos levar os homens de nossas vidas — esposos e familiares, padres, amigos e irmãos em Cristo — a São José, a fim de que eles abracem a própria masculinidade. Não podemos continuar a envolver-nos nas disputas desordenadas de poder celebradas por nossa cultura. Nosso dever é procurar viver, lado a lado, a masculinidade e a feminilidade dadas por Deus, a fim de revelar ao mundo a complementaridade dos sexos, não apenas no Matrimônio, mas na própria humanidade.
Que cada homem sobre a face da terra receba os dons de São José!
Giuliane Matos
Referência de pesquisa: CARTA APOSTÓLICA
MULIERIS DIGNITATEM
DO SUMO PONTÍFICE
JOÃO PAULO II
SOBRE A DIGNIDADE
E A VOCAÇÃO DA MULHER
POR OCASIÃO DO ANO MARIANO
Christo Nihil Præponere
Comentários