Papa Bento XVI nos ensina os 10 Erros da Teologia da Libertação
Temos recebido muitas perguntas sobre o que é a Teologia da Libertação (TL) de cunho marxista; e isto é muito bem explicado pelo Papa Bento XVI em muitos de seus artigos e livros.
Vamos resumir em 10 itens o que o Papa Bento XVI explica sobre os erros da Teologia da Libertação. As frases entre aspas são do Papa:
1. “A TL substituiu a palavra “salvação” por “libertação”, aplicada em cunho político. Propõe resolver o problema da injustiça social, especialmente na América Latina, pela “mudança radical das estruturas do mundo”, que são estruturas de pecado e do mal. Não é pela conversão pessoal, mas somente mediante a luta contra as estruturas injustas. E esta luta “precisa ser uma luta política”, pois as estruturas se mantém e se consolidam por meio da política”.
2. Afirma Bento XVI: “Para a TL a salvação tornou-se um processo político, para o qual a filosofia marxista oferecia as diretrizes essenciais. Assim, a salvação tornou-se uma tarefa que o próprio homem podia realizar. A salvação consistiu, a partir de então, uma esperança exclusivamente prática”.
3. O homem passa a ser o salvador do próprio homem, anula-se a Redenção que Cristo conquistou com sua Cruz. Aqui está o grande perigo de uma TL de fundo marxista. Toda espiritualidade católica cai por terra e perdem a sua importância os sacramentos, mandamentos, etc.
4. “A TL não entra em nenhum esquema de heresia até hoje existente; é a subversão radical do Cristianismo, que torna urgente o problema do que se possa e se deva fazer frente a ela”.
5. “A TL se concebe uma nova hermenêutica [interpretação] da fé cristã, como nova forma de compreensão e de realização do cristianismo na sua totalidade. Por isto mesmo muda todas as formas da vida eclesial: a constituição eclesiástica, a liturgia, a catequese, as opções morais”.
6. “Os teólogos da libertação continuam a usar grande parte da linguagem ascética e dogmática da Igreja em chave nova, de tal modo que aqueles que leem e que escutam partindo de outra visão, podem ter a impressão de reencontrar o patrimônio antigo”.
7. “A comunidade “interpreta” com a sua “experiência” os acontecimentos e encontra assim sua “práxis”. Assim, por exemplo, “Povo” torna-se um conceito aposto ao de “hierarquia” e em antítese a todas as instituições indicadas como forças da opressão”. “O Reino de Deus não deve ser compreendido espiritualmente, nem universalmente… Deve ser compreendido em forma partidária e voltado para a práxis”.
8. “A TL vê no Magistério da Igreja, que insiste em verdades permanentes, uma instância inimiga do progresso, dado que pensa “metafisicamente” e assim contradiz a “história”. Pode-se dizer que o conceito de história absorve o conceito de Deus e de revelação”.
9. “O Êxodo se transforma em uma imagem central da história da salvação; o mistério Pascal é entendido como um símbolo revolucionário e, portanto, a Eucaristia é interpretada como uma festa de libertação no sentido de uma esperança político-messiânica e da sua práxis”.
10. “A verdade não deve ser compreendida em sentido metafísico; trata-se de “idealismo”. A verdade realiza-se na história e na práxis. A ação é a verdade. A única coisa decisiva é a práxis. A práxis torna-se, assim, a única e verdadeira ortodoxia”.
O marxismo foi muitas vezes condenado pelos papas. Como pode, então, esta ideologia ser a base de uma teologia? O marxismo prega a luta de classes, o materialismo e ateísmo, é inimigo da religião e da liberdade religiosa, elimina a propriedade privada, impõe a estatização das empresas e a coletivização das terras, impõe a ditadura de partido único do proletariado, o fim da liberdade de imprensa, de ir e vir, etc.. A aplicação dele pelo comunismo gerou, segundo “O livro negro do comunismo” (Stephan Courtois e outros), 100 milhões de mortos.
O que é libertação segundo o Magistério da Igreja?
Segundo o Papa Paulo VI:
“Como núcleo e centro da sua Boa Nova, Cristo anuncia a salvação, esse grande dom de Deus que é libertação de tudo aquilo que oprime o homem, e que é libertação sobretudo do pecado e do maligno, na alegria de conhecer a Deus e de ser por ele conhecido, de o ver e de se entregar a ele. Tudo isto começa durante a vida do mesmo Cristo e é definitivamente alcançado pela sua morte e ressurreição; mas deve ser prosseguido, pacientemente, no decorrer da história, para vir a ser plenamente realizado no dia da última vinda de Cristo, que ninguém, a não ser o Pai, sabe quando se verificará” (EN,9).
Por outro lado, a Igreja ensina desde Leão XIII a “Doutrina Social da Igreja”, que não é aceita pela TL como uma opção eficaz para realizar a justiça social e a paz no mundo. A Santa Sé publicou há mais de dez anos o “Compêndio de Doutrina Social da Igreja”, com os ensinamentos de cerca de dez Encíclicas papais sobre o tema. Quem o leu? Quem o aplicou?
Ao apresentar este Compêndio, o Cardeal Camilo Ruíni disse:
“A Doutrina Social da Igreja é como uma verdadeira revolução antropológica, cuja proposta é anunciar a verdade de Cristo na sociedade”. “A Doutrina Social da Igreja é ‘Caritas in Veritate in re sociali’: anúncio da verdade de Cristo na sociedade”.
Outro ponto: nenhuma instituição na terra fez e faz tanta caridade como a Igreja Católica, mas nunca precisou usar de uma ideologia estranha ao Evangelho para isso. Basta examinar a vida de São Francisco, São João Bosco, Santa Teresa de Calcutá (que rejeitava a TL!), São José de Anchieta, Santo Frei Galvão, Santo Padre Pio, São Vicente de Paulo, etc… Nunca usaram nada parecido com a ideologia marxista, apenas a caridade evangélica.
Fonte: Cléofas
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