Permanecer em Deus

Permanecer em Deus

Em João, capítulo 15, versículos de 1 a 10, a palavra “permanecer” ocorre onze vezes. O que os Padres da Igreja chamam perseverantia, o paciente perseverar na comunhão com o Senhor por meio de todas as confusões da vida. É Facil no primeiro entusiasmo, mas é necessário a perseverança mesmo nos caminhos monótonos do deserto, que tem de ser percorrido na vida, na paciência do sempre igual avançar, em que decai o romantismo do primeiro momento da partida e apenas permanece o profundo, o puro sim da fé. E precisamente assim que se torna bom vinho.
S. Agostinho experimentou profundamente, depois das brilhantes iluminações do princípio, da hora da conversão, a fadiga desta paciência e foi precisamente assim que aprendeu o amor para com o Senhor e a profunda alegria do que encontrou.
Se o fruto que devemos produzir é o amor, então o seu pressu-posto é precisamente este permanecer que tem profundamente a ver com a fé que nunca abandona o Senhor.

No versículo 7 fala-se então da oração como de um momento essencial desse permanecer: ao que reza é prometido seguramente que será atendido.
Contudo rezar em nome de Jesus não é, todavia, pedir isto ou aquilo, mas pedir o dom essencial que Jesus, nos ensina claramente e S. Lucas designa como o Espírito Santo (cf. Lc11,13) possamos pois o Espírito Santo para permanecermos sempre em Deus.

Trecho do Livros: Jesus de Nazaré de Bento XVI
Adaptação: Equipe Amigo Catolico

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