O valor da família

O valor da família

Semana da Família Com fé Brasil

O valor da família, a autoridade dos pais.
 

O conceito de família para a Igreja Católica é muito especial. O Papa João Paulo II, em sua “Carta às Famílias” (escrita em 1994) refere-se a instituição como o “Santuário da Vida”. E não é de hoje que a família pode e deve ser considerada o nosso santuário, nosso porto seguro, nosso bem maior. É nela que devemos encontrar alento quando precisamos, alegria de viver e principalmente amor e devoção. Se todos os membros de uma mesma família não estão de comum acordo e sintonia, dificilmente teremos harmonia e um ambiente saudável.

Jesus viveu família intensamente e nos deixou ensinamentos muito importantes: Mateus 13, 54-56: “Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: “Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa? Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso?

De onde Jesus Cristo aprendeu tudo o que sabia?

Do pai: São José.

Da Mãe: Virgem Maria.

Da família: através do testemunho familiar.

Da oração: que se aprende desde cedo orando em família.

Do trabalho do dia a dia: que Jesus aprendeu com seu pai, que foi um carpinteiro.

Da humildade: mesmo sendo Deus, pequeno se fez, veio a nós através da mulher mais humilde do vilarejo, obedeceu fielmente o mais pobre, José, e aprendeu a profissão do pai, com zelo e dedicação.

Jesus Cristo viveu uma vida familiar simples e ensinou o valor desta sagrada instituição chamada família.

Nós, cristãos, precisamos seguir os passos do nosso mestre, porque é isso que um discípulo faz, portanto, para nós, a realidade do aborto, casamento gay, não pode existir.

Jesus aprendeu e ensinou, no seio de uma família constituída por pai, mãe e filhos, sobrinhos e irmãos, avós, tios e todos em volta da mesma fé, com disciplina e obediência, como nos mostra o evangelho de São Lucas, capítulo 2: 46.Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47.Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. 48.Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”. 49.Respondeu-lhes ele: “Por que me procurá­veis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”. 50.Eles, porém, não compreen­deram o que ele lhes dissera. 51.Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração. 52.E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. “

 

Sabe por que Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens? Porque é obediente aos seus pais! Essa é uma condição bíblica: “Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos. Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Aquele que ama a Deus o roga pelos seus pecados, acautela-se para não cometê-los no porvir. Ele é ouvido em sua prece cotidiana. Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Quem honra seu pai gozará de vida longa; quem lhe obedece dará consolo à sua mãe. Quem teme o Senhor honra pai e mãe. Servirá aqueles que lhe deram a vida como a seus senhores. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia.” Eclo 3, 2-1

A benção dos pais edifica a casa dos filhos, mas a maldição a destrói. Uma maldição não recai sobre alguém sem que haja motivo, façamos então como Jesus, que foi manso, humilde, obediente e em tudo amou seus pais. Tanto foi a devoção de Cristo por seus pais que a primeira vez que Jesus traçou o sinal da Cruz em alguém, foi em São José no momento de sua morte, sabe o que isso significa?

Significa que através daquele ser humano, José, Jesus Cristo mostrou que a Cruz seria por todos os séculos dos séculos, sinal de salvação. Isso é ser família.

O ser humano se associa, se comunica, aprende e ensina, ninguém foi feito para viver só, até na vida monástica, as pessoas se associam, portanto, a família é uma belíssima escola onde o amor, a cumplicidade, o perdão, precisam se manifestar constantemente.

Você já percebeu quantas vezes, na vida adulta, diante uma situação ou outra, nos lembramos de um ensinamento, um conselho, ou até mesmo uma bronca? Naquele momento lá do futuro, o ensinamento de 30 anos, está ali, gritando dentro de nós, isso é a nossa alma que está vinculada ao ensinamento familiar, quebrar paradigmas, aprender ou ser turrão, tudo está vinculado ao que vivemos na infância, por isso, quando as pessoas do evangelho perguntam: “Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa?, eu lhes digo: VEM DA FAMÍLIA.

Conforme a palavra de Deus, só o fato de ser obediente aos pais, já atrai bênçãos incalculáveis, “Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra.” Efésios 6, 1-3

Que grande graça uma família que reza unida, comunga o Cristo vivo na Palavra e na Eucaristia, que reza em casa, onde os filhos pedem benção aos pais, avós, tios, prática que precisa tanto ser resgatada pois o poder de uma benção edifica até a raiz e quebra maldições passadas.

Que possamos ensinar aos nossos filhos o amor familiar para que tenham o desejo santo de formar família, num mundo onde os jovens têm sentido medo do casamento, foram ensinados por tantos meios a desejar os prazeres de vida fácil em contrapartida com os sofrimentos que levam à santidade encontrados no matrimônio. Depende de nós, mostrar que a vida familiar é benção e que sem a família nenhum de nós haveria de existir. Lutarmos contra a força das ondas modernistas, defender os sacramentos, a Eucaristia, os filhos, ensinar o amor fraterno, o perdão, a partilha. Que legado deixaremos para os nossos filhos? O que contarão aos seus netos sobre o que fizemos por eles?

Giuliane Matos

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