Maria é caminho de salvação.

Maria é caminho de salvação.

1.Maria é caminho de salvação

Jesus Cristo é o redentor, Maria é a co-redentora!

Quero, antes de tudo, explicar o que é REDENÇÃO: Redenção é o ato ou efeito de redimir ou remir, que significa libertação, reabilitação, reparo, salvação. É o ato de adquirir de novo, de resgatar, de tirar do poder alheio, do cativeiro. É livrar-se de um passo arriscado, é livrar-se das penas do inferno.

O pecado entrou no mundo através de um homem, Adão; e de uma mulher, Eva.

A redenção entrou no mundo através de um homem, Jesus Cristo; e de uma mulher, Maria.

Em Adão e Eva, o laço de união de um homem e uma mulher, em Jesus e Maria, o laço sagrado da maternidade.

Jesus veio através de Maria, a co-redentora, para nos livras das mãos do inimigo que tinha poder sobre nós pois, através de Adão e Eva, todos nós, pelos laços hereditários, consentimos com o pecado. Ele nos libertou, amando inexplicavelmente e a ponto de se entregar, morrendo numa Cruz, rasgou o contrato que havia contra nós e nos trouxe, REDENÇAO, a libertação eterna.

Por meio de Maria, Deus quis que o Salvador viesse a nós. Deus quis precisar de Maria (Gen 3,15)…´Ela te esmagará a cabeça´. É por Maria que devemos ir a Jesus, porque Jesus veio a nós por Ela.

“Conhecer Cristo e dele nos tornar irmãos por meio de Maria… Que sorte e que felicidade tem o cristão que aprende esta verdade e a saboreia!”

De três modos, explica o Padre Suárez, cooperou a divina Mãe para a nossa salvação:

. Primeiro, merecendo com merecimento de côngruo a Encarnação do Verbo. (Maria fez tudo que fosse santo para merecer a graça de ser Mãe de Jesus, mas Deus por pura bondade e vontade, lhe concedeu infinitamente mais.)

. Segundo, rogando muito a Deus por nós, enquanto esteve no mundo.

. Terceiro, sacrificando com boa vontade a Deus a vida do Filho para nossa salvação.

Tendo, pois, Maria cooperado para a redenção com tanto amor pelos homens e tanto zelo pela glória divina, com razão determinou o Senhor que todos nos salvemos por intermédio de sua intercessão.

Maria é chamada cooperadora de nossa justificação, diz Bernardino de Busti, porque Deus lhe entregou todas as graças que nos quer dispensar. Por isso, no dizer de S. Bernardo, todas as gerações, passadas, presentes e futuras, devem considerar Maria como medianeira e advogada da salvação de todos os séculos.

 

Existem dois dogmas de Maria nela mesma, de mãe de Deus e da Virgindade perpétua. Porém ainda faltava a parte de Maria para conosco. O que Maria é em relação a nós? Maria é mediadora de todas as graças, todas as graças vem a nós por meio de Maria. Ela participa da redenção, por isso é co-redentora, pois participou da redenção como nenhum outro santo participa.

Maria é membro da Igreja, mas também é mãe da Igreja.

Maria aos pés da cruz é co-redentora pois Não há salvação em outro nome a não ser em Jesus Cristo. Quando chamamos Maria de co-redentora não estamos dizendo que ele salvou metade ou 99% da humanidade e Maria salvou a outra parte. Não é isto! Jesus salvou toda a humanidade, 100% e quem o gerou, educou e entregou, foi Maria!

Deus poderia fazer com que redenção viesse ao mundo por um decreto. Ele poderia nos salvar por um decreto, um estalar de dedos, mas ele não quis fazer isso. O pecado entrou no mundo por um homem e era necessário que o pecado fosse retirado do mundo por um homem.

Um anjo visitou uma virgem, prometida em casamento a um homem, quem é esta mulher? Eva. A mulher que foi visitada por um anjo, e este anjo era Satanás e a desobediência entrou no mundo. Anos mais tarde, um anjo visitou uma virgem, prometida em casamento. Quem é esta mulher? Maria que foi visitada pelo anjo Gabriel. E a salvação entrou no mundo.

No céu Deus não poderia padecer, não poderia sofrer uma paixão e morte, porque no céu não se sofre, no céu ninguém morre. Em sua bondade divina, deus quis que Maria colaborasse dando a Cristo o corpo que ele ia sacrificar na cruz.

 

Quando Maria vê Jesus morrer na cruz, ela cumpre a profecia de Simeão, que havia dito na apresentação de Jesus no templo que uma espada de dor lhe transpassaria a alma. Imagine a dor do coração Imaculado de Maria o quanto sofreu por seu filho.

Um dia havia uma Virgem ao pé de uma árvore que queria pegar o fruto para si e ser como deus. Assim estavam Adão e Eva, quiseram para si o Dom de Deus, desejaram agarrá-lo para si.

Mas em Filipenses 2, 6 – 8  vemos a atitude de Cristo: “Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!”

Adão e Eva não eram deuses, mas quiseram ser deus.

Jesus era Deus e não se apegou a sua condição divina.

Adão era homem e se fez deus. Jesus era Deus e se fez homem.

 

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Milhares de anos depois estava a mulher ao pé de uma árvore e lá estava o fruto de seu ventre. Ela não se apegou a ele, ela o deu, o ofereceu. E por essa razão Maria é a nova Eva. Compreendem que Maria não é apenas uma santa da Igreja, existe uma participação qualitativa de Maria na salvação.

Deus nosso Pai criador, nos chama a a ser colaboradores de Deus na criação, com os pais que geram seus filhos. Como podemos aceitar com clareza que nós simples humanos somos colaboradores na criação e não podemos aceitar que Deus quis se utilizar da criação, Maria, na salvação?

Assim como a lua não tem luz própria, assim é Maria, ela reflete a luz que vêm de Deus. Ela é como a lua.

Você pode pensar: “Por que não vamos diretamente no sol?”, tudo bem você pode ir, mas cuidado para não queimar a sua retina, Maria é o filtro, a proteção, a preparação.

Vamos a Maria primeiro, porque o pecado original nos faz ter medo de Deus, assim como Adão e Eva após o pecado no paraíso; quando Deus desce na brisa da tarde eles tem medo de Deus. Quando nos colocamos debaixo do manto de Nossa Senhora estamos acolhendo a solução que o próprio Deus já nos deu. Na Palavra de Deus diz da mulher grávida, prestes a dar a luz a um filho e a antiga serpente está esperando essa mulher dar a luz a um filho ele está pronto a devorar. Esta mulher é Maria.

Intelectualmente entregamos nossa vida para Deus, mas em nosso coração podem haver resquícios de insegurança, entregando tudo a Maria, essa mulher pobre que não fica com nada para si, automaticamente, ela nos entrega a Jesus. Quando nos entregamos a Maria, nos entregamos a Jesus!

Intelectualmente eu sei que o amor de Deus é infinito, é perfeito. Mas dentro do coração não compreendermos e isto é consequência do pecado original. Quando entregamos algo a Deus, a cabeça compreende, mas o coração esperneia. Não deveria ser assim, mas é! E Deus sabe de nossa limitação. Mas nada pode abalar o senhorio de Jesus, nem nossa entrega a Maria, porque ela não retém ela nos entrega a seu Filho.

 

O problema não está no sol, mas nos meus olhos. Porque são sensíveis e olhar diretamente para o sol queima a retina. O problema não está no amor de Deus, mas na minha limitação, reflexo do pecado original que ficou em mim.

Muitas pessoas não compreendem quando Jesus chama a Virgem Maria de “mulher”, pensam que é um descaso de Jesus. Mas o que ele disse ao chamá-la assim, é que Maria não é uma mulher qualquer, mas que ela é A MULHER, desde o início prevista, a qual colaboraria com a salvação. E se repete a cena do Jardim do Édem, a mulher ao pé da árvore que agora não toma para si o fruto, mas o entrega.

Naquele momento da cruz, Jesus entrega Maria ao filho, e entrega o filho a mãe. A partir daí João acolhe Maria em sua intimidade. Desse modo Jesus “passou a perna” no diabo. Como não há céu sem cruz Deus sabe os meios para que seus filhos abracem a cruz para chegarem a salvação. Sabendo que nos entregando a Maria não mais teríamos medo da cruz, não teríamos medo de nos entregar a Deus, Jesus a dá por nossa mãe.

 

Giuliane Matos

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