Pecados Veniais

Pecados Veniais

Pecado venial

A palavra venial, significa: digno de perdão, desculpável, perdoável.
No âmbito religioso, a palavra significa: que não faz incorrer em perda da graça, leve.

O catecismo da Igreja explica:
1862. Comete-se um pecado venial quando, em matéria leve, não se observa a medida prescrita pela lei moral ou quando, em matéria grave, se desobedece à lei moral, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento.
1863. O pecado venial enfraquece a caridade, traduz um afeto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal. No entanto, o pecado venial não quebra a aliança com Deus e é humanamente reparável com a graça de Deus. Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, portanto, da bem-aventurança eterna.
Enquanto vive na carne, o homem não é capaz de evitar totalmente o pecado, pelo menos os pecados leves. Mas estes pecados, que chamamos leves, não os tenhas por insignificantes. Se os tens por insignificantes quando os pesas, treme quando os contas. Muitos objectos leves fazem uma massa pesada; muitas gotas de água enchem um rio; muitos grãos fazem um monte. Onde, então, está a nossa esperança? Antes de mais, na confissão…

Gostaria de ressaltar uma coisa beeem importante: O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal, isso significa que se eles não forem confessados, farão muito mal à sua alma.
Vamos aprender como fazer um bom exame de consciência e eliminar da nossa vida este tipo de pecado?
Este breve exame de consciência dos pecados veniais, atribuído a ninguém menos que Santo Antônio Maria Claret, pretende ser um auxílio aos fiéis, especialmente àqueles que têm o hábito de se confessar regularmente. Embora não tenhamos encontrado a sua fonte, o conteúdo deste exame vale por si mesmo, independentemente de sua autoria. Não possui um caráter sistemático, mas enumera muitos pecados comuns, que constituem um grande entrave para o progresso na vida espiritual.

A alma deve evitar todos os pecados veniais, especialmente os que abrem caminho ao pecado grave.

Ó minha alma, não basta desejar firmemente antes sofrer a morte do que cometer um pecado grave. É necessário ter uma resolução semelhante em relação ao pecado venial. Quem não encontrar em si esta vontade, não pode sentir-se seguro. Não há nada que nos possa dar uma tal certeza de salvação eterna do que uma preocupação constante em evitar o pecado venial, por insignificante que seja, e um zelo definido e geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual — zelo na oração e nas relações com Deus; zelo na mortificação e na negação dos apetites; zelo em obedecer e em renunciar à vontade própria; zelo no amor de Deus e do próximo.

Para alcançar este zelo e conservá-lo, devemos querer firmemente evitar sempre os pecados veniais, especialmente os seguintes:

. O pecado de dar entrada no coração de qualquer suspeita não razoável ou de opinião injusta a respeito do próximo.

. O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outrem, ou de faltar à caridade de qualquer outra maneira, mesmo levemente.

. O pecado de omitir, por preguiça, as nossas práticas espirituais, ou de as cumprir com negligência voluntária.

. O pecado de manter um afeto desregrado por alguém.

. O pecado de ter demasiada estima por si próprio, ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem respeito.

. O pecado de receber os Santos Sacramentos de forma descuidada, com distrações e outras irreverências, e sem preparação séria.

. Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindo da Mão de Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina Providência quanto a nós.

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. O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião que possa, mesmo remotamente, manchar uma situação imaculada de santa pureza.

. O pecado de esconder propositadamente as nossas más inclinações, fraquezas e mortificações de quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da virtude de acordo com os caprichos individuais e não segundo a direção da obediência. (Nota: Fala-se aqui de situações em que encontraremos aconselhamento digno se o procurarmos, mas nós, apesar disso, preferimos seguir as nossas próprias luzes, embora frouxas.)

Que Deus te ajude a fazer a melhor confissão da sua vida!

No próximo artigo, falaremos sobre os pecados capitais!

Giuliane Matos

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