São Vicente Pallotti, presbítero, fundador da sociedade do apostolado católico . 18 de Janeiro
Sacerdote da Terceira Ordem (1795-1850). Fundou a Congregação dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas
Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Ordenado presbítero em 1818, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade Romana La Sapienza. Excelente confessor e conselheiro, foi procurado, inclusive pelo Papa. Era um sacerdote extraordinário e sensível as necessidades humanas. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.
Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma, onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.
Pallotti foi pastor de prisioneiros e doentes. Fundou escolas noturnas e abrigos para jovens, organizou atividades de auxílio para os lavradores das vizinhanças de Roma, que viviam na mais absoluta miséria. Era conhecido pelos doentes, mendigos e vítimas de pestes. Foi um presbítero profundamente religioso. Sua força provinha de uma fé forte, fundamentada na sua contínua união com Deus, por meio da oração, da meditação e, sobretudo, da Eucaristia.
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Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.
Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes.
Obra de Pallotti: além de deixar um exemplo de vida no anúncio do Reino de Deus e no auxílio ao próximo, Vicente Pallotti no dia 09 de janeiro de 1835 teve inspiração para fundar uma instituição que motivasse todos a sentirem-se apóstolos e impelidos a agir como tais. Surgiu, então, a União do Apostolado Católico (UAC), constituída por padres, irmãos, irmãs, leigos e leigas. Anexa a essa estava a Sociedade do Apostolado Católico (formada por Padres e Irmãos Palotinos) a qual teve, dentre muitas outras missões, a função de ser uma força motriz para esta grande obra. Fazem parte da obra fundada por ele as Irmãs do Apostolado Católico Palotinas (Irmãs Palotinas) e as Irmãs Missionárias do Apostolado Católico.
Carisma profético: Vicente Pallotti pedia a Deus que durante a sua vida e após a sua morte, houvesse a continuidade e bênção da obra, com seus companheiros nela se empenhando com todas suas forças. Essa foi a missão que ele confiou aos Palotinos e Palotinas. A Igreja é, por natureza, missionária, Vicente Pallotti entendeu perfeitamente isso e procurou despertar em todos os seres humanos tal consciência. Responsabilizando, os que já eram capazes, de sempre dar testemunhos do Cristo vivo e ressuscitado, especialmente para os mais necessitados, como as multidões famintas, marginalizadas e empobrecidas de nossa sociedade. Hoje ele faria o mesmo se estivesse neste enfrentamento do novo coronavírus.
Vicente Pallotti era profundamente religioso. Suas forças e suas iniciativas provinham de uma fé forte, de sua contínua união com Deus, da oração e da meditação e, sobretudo, da Eucaristia. Conheceu bem a fortaleza interior da fé e da confiança em Deus ao longo de sua vida. Colocou sua obra sob a proteção de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinquenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.
Canonização: Vicente Pallotti serviu totalmente à Igreja, até o fim de sua vida, em 22 de janeiro de 1850. Cem anos depois, em janeiro de 1950, Pio XII o proclamou Bem-aventurado. E João XXIII o canonizou, em 20 de janeiro de 1963, durante o Concílio Vaticano II. Ele, portanto, é o nosso Pai Fundador São Vicente Pallotti.
Oração: Deus Pai de misericórdia, que tudo fizeste para possibilitar que o ser humano fosse redimido, enviando até seu Filho para morar entre nós. Ajudai-nos, pela intercessão de São Vicente Palotti, a responder com fidelidade e amor aos apelos de nossa fé. Por Cristo nosso Senhor, amém. São Vicente Pallotti, rogai por nós.
Corpo incorrupto de São Vicente Palotti
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